CRÓNICA DE FARO: Foi há 122 anos…

Assinalou-se no passado dia 28 de Dezembro (uma quinta-feira) do passado ano, o 122º aniversário da primeira sessão pública e com entradas pagas desse mundo maravilhoso que abriu caminho à descoberta de outros mundos igualmente maravilhosos, caso da televisão, que é o cinema.
A descoberta dos franceses irmãos Lumiére (feito para sempre assinalado na História dos Grande Eventos Mundiais com a sigla desta dupla de irmãos) foi devida e honrosamente assinalado na capital algarvia com uma sessão comemorativa organizada pelo prestante Cine Clube de Faro.
Aconteceu nas instalações do IPDJ (Instituto Português do Desporto e da Juventude), onde correm as sessões quinzenais desta notável instituição após o deambular por vários locais (Cine teatro Farense, Cinema Santo António, etc), sempre neste viajar por razões de ordem económica e quando o programa comportava apenas uma sessão mensal.
A par da efeméride do 122º aniversário da primeira sessão de cinema paga é de referir, com todo o merecimento o papel do Cine Clube de Faro, com mais de 50 anos de meritória e benemérita atividade em prol da cultura e, sempre, na defesa dos ideais humanos maiores (liberdade, direitos políticos, e muitos outros. Recordar que as conferências que antecediam as películas a projetar era previamente analisadas pela Comissão de Censura e que o orador tinha sempre por detrás de si, oculto pelas películas do palco, um agente de autoridade que seguia palavra a palavra o texto) subversivo é apenas uma memória de outros tempos.
Muitos foram os cidadãos que presidiram ao Cine Clube de Faro, numa tarefa e missão, nada gratas, entre os quais essa figura de cidadão exemplar que foi o sempre lembrado Dr. Emílio Campos Coroa. Antes e depois muitos tiveram a audácia de “dar a cara” em prol da cultura pelo cinema, proporcionando ao público local assistência a películas que os circuitos comerciais da “sétima arte” ou as orientações políticas de então o não permitiam.
Lembrá-los é prestar o tributo de agradecimento, tal como ao Cine Clube de Faro (para quando a merecida “Medalha da Cidade”?), nesta efeméride da primeira sessão da invenção dos Irmãos Lumiére.

João Leal

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