O ministro da Educação reconheceu esta quinta-feira que os cortes nas dotações orçamentais para o Ensino Superior atingiram um limite inultrapassável e que no futuro já não será possível continuar a cortar nas transferências para as universidades e politécnicos.
“A tendência de quebra que vem desde 2009, antes de termos chegado a estas restrições financeiras muito grandes, não pode continuar a este ritmo, como é evidente. Já estamos a estabilizar. Este ano a queda é de apenas 1,5%”, disse Nuno Crato em entrevista à RTP.
Muito criticado por reitores e presidentes dos politécnicos nos últimos tempos, o governante aproveitou para elogiar o trabalho realizado pelas academias, defendendo que as universidades até estão a funcionar melhor, mesmo com os cortes de 20% nos últimos oito anos.
“O que é extraordinário é que as universidades, os diretores das instituições, os reitores, os investigadores, os professores conseguiram, apesar disto acontecer [cortes] que as universidades funcionassem melhor que tivessem mais receitas próprias, que tivessem mais projetos de investigação”, disse Nuno Crato.
“O nosso sistema educativo resistiu a estas restrições orçamentais e está melhor. As universidades souberam responder a este desafio, perceberam a grande dificuldade em que estava o país e adquirir receitas próprias”, acrescentou o ministro.
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