“Objetivamente ilegal” é a expressão utilizada pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para classificar a atuação do presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no caso da utilização de um helicóptero de serviço para transportar uma doente terminal do hospital de Cascais para o de Abrantes.
O major e médico Paulo Campos deverá, segundo noticiam esta quinta-feira os jornais “Público” e “Jornal de Notícias”, ser agora alvo de um procedimento disciplinar por “violação do princípio de interesse público”.
No início deste ano, o presidente do INEM terá visitado a doente em causa na qualidade de amigo da família, tendo, a seguir, pedido a sua transferência no helicóptero de serviço, atitude que, para a IGAS, foi “contrária aos princípios gerais da ética e da boa gestão” por ter privilegiado uma doente, “sem que tal exceção fosse devidamente fundamentada e autorizada”.
O caso do helicóptero foi o segundo processo de averiguações que foi instaurado a Paulo Campos. A IGAS investigou também o alegado desvio de uma ambulância com uma doente prioritária, para que a mulher de Paulo Campos conseguisse chegar a horas ao hospital onde trabalha, em Gaia.
Esse caso, contudo, foi arquivado pela IGAS por falta de provas.
RE