Carrasco português do Estado Islâmico é seguido pelas autoridades há quatro anos

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Frame do último vídeo divulgado pelo Estado Islâmico, onde o português surge ao lado do cabecilha, Jihadi John (encapuçado na imagem)

A mãe de Michaël dos Santos, o jihadista de 22 anos que foi identificado no mais recente vídeo das decapitações do Estado Islâmico, terá dado o alerta às autoridades francesas há quatro anos: o filho estava a radicalizar-se e a tornar-se perigoso. Desde então, os serviços secretos passaram a estar atentos aos movimentos do rapaz que cresceu em Champigny-Sur-Marne, nos arredores de Paris, e se converteu ao Islão por volta de 2009. Ainda assim, não conseguiram impedir que Michaël, que usa o nome árabe Abou Uthman, saísse do país no início de 2013, em direção à Síria para se alistar no Estado Islâmico.

De acordo com os media franceses, foi a mãe portuguesa que, após visionar o vídeo divulgado no domingo – que mostra a decapitação de pelo menos 18 soldados do exército sírio e do norte-americano Peter Kassig -, garantiu esta quarta-feira às autoridades que é Michaël que aparece nas imagens ao lado do cabecilha, o britânico Jihadi John. A rádio “France Info” avança que a identificação do lusodescendente não foi fácil porque “as fotos que os investigadores franceses possuem” não confirmavam em absoluto a identidade do jovem, “mas a mãe acabou por fazer essa identificação”.

Esta quarta-feira de manhã, uma fonte das secretas europeias também confirmou ao Expresso que Abou Uthman é mesmo um dos carrascos do Estado Islâmico. A notícia de um segundo francês no pelotão de decapitação do Estado Islâmico – segunda-feira tinha sido identificado Maxime Hauchard, um jovem da Normandia – abriu os noticiários das cadeias francesas às 13h00 locais. Todos querem falar com os pais de Michaël, um casal português oriundo do centro do país e há largos anos emigrado nos arredores de Paris.

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A comunicação social francesa avança ainda que Abou Uthman consta já do inquérito preliminar aberto segunda-feira contra Maxime Hauchard por “assassinatos levados a cabo por um grupo organizado, vinculado a uma organização terrorista”. “É perfeitamente conhecido pela justiça”, assegura o jornal “Le Figaro”.

RE

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