Câmara de S. Brás: PSD fala em “dívida”, executivo em “lucro”

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O PSD de São Brás de Alportel acusou o executivo socialista de “tentar enganar” os munícipes, ano após ano, com as contas da câmara municipal, e de “tapar o sol com a peneira”.

“No ano passado chegou-se a falar que o município de São Brás de Alportel teve ‘lucro’, este ano quiseram ser mais finos e diz-se ‘superavit’ que, na prática, é a mesma coisa, quando a realidade é exatamente o contrário”, referem os sociais democratas em comunicado enviado às redações.

No mesmo sentido, garantem que a autarquia voltou a ter prejuízo em 2015, ou seja, “um resultado liquido negativo de mais de um milhão e duzentos mil euros (mais precisamente 1.217.470,07 euros), conforme se encontra no documento de prestação de contas do ano 2015 apresentado na última reunião de câmara de 05/04/2016”.

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O PSD assegura ainda que a câmara municipal “apresenta atualmente uma divida total de cerca de dois milhões de euros, conforme se encontra no documento de prestação de contas do ano 2015, na rubrica ‘Situação Financeira do Município’, apresentado na última reunião de câmara de 05/04/2016”.

O município de São Brás de Alportel “com este executivo, estagnou no tempo em termos de atração de investimento, atração turística e desenvolvimento económico, obrigando os jovens a sair para fora do concelho à procura de oportunidades que cá não existem”, concluem os sociais democratas.

Vítor Guerreiro acusa o PSD de “má-fé”

Entretanto, o executivo da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, liderado pelo socialista Vítor Guerreiro, considera “lamentável” que o PSD use “números contabilísticos sem explicar o seu enquadramento”, para “confundir as pessoas”.

Segundo o executivo, o “resultado líquido negativo” referido pelo PSD é “uma designação puramente contabilística, que nada tem que ver com o bom equilíbrio das contas da Câmara Municipal”, já que para o apuramento deste resultado “são contabilizadas as amortizações do património imobilizado (por exemplo as estradas municipais e os edifícios), na ordem dos quase 3 milhões de euros, e que na verdade não constituem qualquer despesa física”.

“A verdade é que a Câmara Municipal de São Brás de Alportel passou de 2015 para 2016 com um saldo positivo de quase 900.000 euros e sem dívidas a fornecedores”, garante o executivo socialista, explicando ainda que, em relação à situação atual, o termo ‘dívida’ também “é utilizado, uma vez mais, de forma incorreta, para tentar confundir os são.brasenses”.

E explica: “A dívida total, a que incorreta e demagogicamente uma vez mais se refere o PSD, tem apenas a ver com alguns empréstimos que a Câmara Municipal contratualizou, na sua maior parte, há já muito tempo, para poder rentabilizar melhor os recursos financeiros, de modo a aceder a candidaturas a financiamentos comunitários, que nos permitiram muitas vezes multiplicar por três ou por quatro os investimentos da autarquia”.

“Neste comunicado é feita uma leitura dos números contabilísticos completamente desfasada do real e da verdade financeira. Esta não é uma leitura ingénua, mas, lamentavelmente, é uma prova de má-fé, com intenção de confundir os são-brasenses, desrespeitando a nossa população, uma atitude que só podemos repudiar!”, afirma Vitor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.

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