Buscas pelo avião desaparecido custam milhões. Mas quanto?

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26 países estão envolvidos nas buscas pelo avião malaio

Quanto custa a megaoperação de busca pela avião da Malaysia Airlines desaparecido há um mês? “É muito difícil de calcular”, diz ao Expresso fonte oficial da Força Aérea Portuguesa (FAP), sublinhando que o custo da hora de voo de um avião P3, que é utilizado nas buscas pela aeronave da empresa malaia, rondava os 5.308 euros (mais IVA) em 2013. “Os números são meramente indicativos”, sublinha.

Na Austrália, uma das zonas onde a operação tem decorrido, esse valor pode ser “metade ou o dobro, uma vez que a hora de voo pode ser calculada com base no número de aeronaves ou no contrato de manutenção”, explica a fonte da FAP.
“O P-3C Orion é um avião com bastante autonomia, raio de ação, velocidade e disponibilidade para transportar sensores. A Força Aérea tem cinco destas aeronaves, que são as únicas que vão a todas as zonas de responsabilidade nacional”, acrescenta.

A mesma fonte da Força Aérea lembra ainda que Portugal tem larga experiência neste tipo de operações, porque possui a segunda maior zona de busca e salvamento do mundo, logo a seguir ao Canadá. Ainda no passado dia 14 de janeiro, a FAP utilizou um P-3C no resgate a oito tripulantes de um navio veleiro à deriva no Atlântico, numa “operação que contou com o auxílio de outros países”.

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Além dos aviões envolvidos nas buscas pelo avião malaio, o custo das fragatas é “largamente superior”, uma vez que envolvem mais tripulantes e combustível – ao contrário das aeronaves, não regressam à base durante a operação.

Trinta milhões de euros?

Segundo a Reuters, vários especialistas consideram que o custo neste primeiro mês de buscas ronda os 32 milhões de euros, aproximando-se dos 31 milhões gastos em dois anos da operação de busca pelo avião da Air France, que fazia a rota Rio de Janeiro-Paris quando caiu no Atlântico, em 2009.

Nesta altura, as equipas internacionais intensificam as buscas no Oceano Índico pelo avião da Malaysian Airline, numa missão dificultada pelo pouco tempo disponível, uma vez que as baterias que alimentam os sinais transmitidos às caixas negras têm uma duração aproximada de 30 a 45 dias. O avião desapareceu a 8 de Março.

Relativamente aos custos, o chefe australiano da missão, Angus Houston, admitiu que a operação “sairá muito cara”. O ministro da defesa malaio, Hishammuddin Hussein, disse, por sua vez, que nenhum dos países envolvidos nas buscas discutiu “dólares”. O objetivo é encontrar o avião”, garantiu.

A megaoperação de busca conta com a participação de 26 países e inclui satélites, aviões, navios e submarinos disponibilizados por Inglaterra, França, Nova Zelândia ou Coreia do Sul.

Alguns peritos já consideram mesmo que esta será uma das operações de busca mais caras da história da aviação mundial.

O voo MH370 da Malaysia Airlines partiu a 8 de março de Kuala Lumpur com destino a Pequim, às 0h41 (16h41 em Lisboa), e desapareceu dos radares duas horas depois.

RE

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