As buscas realizadas ontem na Câmara de Loulé prenderam-se com o empreendimento de Vale do Lobo, sob suspeita na investigação no processo que envolve José Sócrates, a denominada “Operação Marquês”.
Segundo noticiou o Correio da Manhã, o Ministério Público suspeita que, neste processo – que envolve ainda Joaquim Barroca, administrador do Grupo Lena, o empresário Carlos Santos Silva, amigo de longa data de Sócrates, e Hélder Bataglia, um dos responsáveis do empreendimento Vale do Lobo -, cerca de 12 milhões de euros teriam como destinatário o ex-líder do PS, como luvas pela suposta colaboração do ex-primeiro-ministro na viabilização do ‘resort’ de luxo. Sócrates já refutou todas as imputações.
Entretanto, a Procuradoria Geral da República ainda não adiantou quaisquer detalhes sobre estas buscas na autarquia de Loulé, que estão ligadas ao empreendimento Vale do Lobo, em Almancil, concelho de Loulé.
Atualmente, o presidente da câmara é Vitor Aleixo (PS), mas as buscas deverão estar relacionadas com o período em que o anterior presidente, o médico Seruca Emídio (PSD), ocupou o lugar. Neste momento, o antigo autarca é presidente do conselho consultivo da Administração Regional de Saúde do Algarve.
Recorde-se que José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, e está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Évora.
O ex-líder do PS está indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito, sendo o único arguido ainda em prisão preventiva neste processo.
JA
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