Bloco organiza sessão pública em defesa do Serviço Nacional de Saúde

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A estrutura distrital do Bloco de Esquerda organiza na próxima sexta-feira, a partir das 21h00, na sede do IPDJ, em Faro, a sessão pública “Refundar o Serviço Nacional de Saúde – público e gratuito”.

A iniciativa conta com as participações de Moisés Ferreira e João Vasconcelos, deputados do Bloco de Esquerda, Guadalupe Simões, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, Aníbal Coutinho, médico e chefe do departamento cirúrgico do Centro Hospital do Algarve (CHUA), José Moreira, médico na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Loulé, e Eurico Gomes, diretor clínico na Clínica de Diabetes e Doenças Metabólicas do Algarve da Associação para o Estudo da Diabetes Mellitus e Apoio ao Diabético do Algarve (AEDMADA), chefe de serviço de medicina interna e coordenador da unidade de diabetologia do Hospital Distrital de Faro aposentado em 2005.

Esta sessão está integrada no “Roteiro em Defesa do SNS”, uma proposta do Bloco de Esquerda para juntar forças em defesa do Serviço Nacional de Saúde.

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A primeira ação teve lugar no dia 23 de fevereiro, em Santa Maria da Feira, com a participação de Catarina Martins, e a última, uma conferência nacional em Lisboa, será no dia 14 de abril. Até esta data, dirigentes e deputados do partido irão percorrer o país, visitando as unidades de saúde, ouvindo os utentes e os profissionais e divulgando as suas propostas para um melhor SNS.

Na sessão de abertura deste périplo, Catarina Martins afirmou que o Governo do PS tem mantido “a subordinação dos serviços públicos às metas do défice” e o “subfinanciamento crónico” do SNS por “não ter coragem de atacar os negócios privados e os interesses instalados na Saúde”, permitindo “a fuga de milhares de milhões de euros do orçamento do SNS diretamente para os bolsos dos privados”.

O Bloco critica o facto da despesa com as PPP (parcerias público-privadas) continuarem a subir e da opção governamental ser a renovação das “parcerias ruinosas”. Consideram que continua a subsistir a falta de profissionais, mas “os concursos para contratação de médicos recém especialistas atrasam-se durante meses”. Lamentam que os equipamentos estejam obsoletos e que “não há investimento capaz de repor a capacidade de resposta do SNS”. E lamentam ainda que o Governo “não autorize a contratação de mais pessoal” quando os hospitais têm dificuldade em responder a picos de procura.

O Bloco defende outra orientação para a política de saúde, com “um caminho de investimento e de reforço do SNS, de valorização dos profissionais de saúde e de melhoramento da qualidade dos cuidados prestados à população”.

O partido tem apresentado várias propostas neste sentido e levará a debate a revisão da Lei de Bases, para “uma verdadeira separação entre o público e o privado” e para “romper com o negócio instituído em que o dinheiro público financia o privado à custa do Orçamento do SNS”.

“O Serviço Nacional de Saúde é uma das conquistas mais estruturantes da sociedade portuguesa e precisa de uma mobilização social em sua defesa”, afirmam os bloquistas.

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