Avisos da Ucrânia não evitam entrada de comboio humanitário russo

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Depois de uma semana de espera do lado russo da fronteira, os camiões com ajuda humanitária entram na Ucrânia

Um conjunto de 34 camiões entrou, esta sexta-feira, na Ucrânia, apesar dos avisos do Governo e das tentativas, durante mais de uma semana, de impedir esse cenário. O medo de que a operação sirva para fazer entrar armas e auxiliar os rebeldes separatistas são as razões apresentadas para a relutância por parte dos ucranianos.

A falta de autorização de Kiev não impediu que os russos forçassem a entrada no país dos camiões reiterando. “Todas as desculpas para atrasar o envio de ajuda foram esgotadas”, diz o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, pelo que “tomámos a decisão de agir”.

Um oficial ucraniano, o coronel Andriy Lysenko afirma que outros 90 camiões estão já a caminho de território ucraniano, mas sublinha que “nem os polícias na fronteira nem os representantes da Cruz Vermelha foram autorizados a examiná-los”.

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Durante 10 dias, a Ucrânia e a Rússia mediram forças. O conjunto de camiões, que integram uma coluna com 260 veículos no total, entra agora em território ucraniano sem ser escoltado pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha. A organização sublinha que a sua equipa testemunhou alguns confrontos em Luhansk durante esta madrugada. A poirta-voz Ewan Watson conta que o comité “não está convencido de ter recebido garantias de segurança suficientes por parte das autoridades relevantes”.

O Governo ucraniano vê este desenvolvimento como o incumprimento de um dos termos previamente acordado entre as partes, sobre o processo de envio de ajuda humanitária. Esta decisão por parte de Moscovo poderá dificultar o entendimento entre as forças ucranianas e os rebeldes separatistas.

Na tentativa de mostrar que os seus camiões carregam realmente os objectos típicos de uma operação de ajuda humanitária, o Governo russo decidiu abri-los aos jornalistas, há cerca de uma semana, antes de atravessarem a fronteira com a Ucrânia. Os veículos, apesar de carregarem comida e água, estavam praticamente vazios, algo que intrigou os jornalistas no local.

RE

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