AVARIAS

A minha alma está parva

1- Por um erro informático (quero dizer meu, mas feito por via de um computador), perdi a primeira parte deste artigo. Nela se informavam os meus três leitores que estas poderosas linhas (estava a brincar) tinham tido o seu baptismo na Ilha do Farol. Voltarei então ao anteriormente escrito: e não é que este preciosismo geográfico se mostra importante e não despiciendo como se podia pensar à primeira vista? É que lá, nessa ilha distante – pareço parvo, mas é só para criar ambiente – não possuo televisor HD. Ora quem não tem TV HD e gasta Cabo apenas em Olhão propriamente dito, pois que aderiu (muito contra vontade e com muitas queixas já aqui expressas anteriormente) à treta do TDT. E isso foi o princípio. Aquilo está cheio de funcionalidades e até, às vezes, parece que só lhe falta falar. Com um pequeno senão: de noite, com vento, e de Verão (fórmula fatal), é mais o tempo que não se vê. Não bastando os problemas descritos, eis que por uma razão que ainda não se percebeu (não percebemos cá em casa, para ser mais preciso), o televisor (quando se descortina a imagem) apenas apresenta – nesse subsector – os diferentes tons da vasta paleta da cor verde. Suspeitamos que se terá tratado de um problema do forno interno (quem foi que o disse primeiro? E mais não digo. Uma ajuda: é treinador de futebol e tem muito mais cabelo do que eu) do aparelho. O pior é que ainda não desfizemos a dúvida. Além do atrás descrito, o comando da TV perdeu-se no caminho e o comando do TDT – pelo menos que eu saiba – não mexe na cor. Resultado: ver o mais simples programa de televisão, pode transformar-se num teste de paciência. Por exemplo espreito o Zig Zag (RTP 2, durante quase todo o dia), e sou levado a pensar que se trata da Juve Leo em complexos exercícios de acesso aos patamares mais elevados da intelectualidade.

2 – Gostava de perceber como se processa o acto de legendar um programa. Embora saiba que a todos nos assiste errar, tenho visto erros e omissões que ma parecem um bocadinho maus de mais. Outro dia, via num dos canais cabo um programa sobre o antigo nazi, Rudolf Hess. Figura misteriosa e patética, Hess, foi capturado em 1941, quando se diria para a Escócia, supostamente para tentar negociar uma trégua com a Inglaterra. Durante o documentário, as legendas registaram, pelo menos três vezes que eu visse, que o alemão tinha sido membro das “caminhas castanhas” (o sublinhado é meu), em vez do “camisas castanhas” (o sublinhado é meu), que seria a tradução correcta. Podia supor-se que o significado em inglês, de caminha e castanha fosse próximo, pensando que a tradução pudesse ser feita por computador. Mas não o é. Então que raio pode ter acontecido? Palavras ditas por telefone e não percebidas? E quem as ouviu e colocou não terá dado pela troca? Penso que vou perguntar ao Luís Lopes, comentador de atletismo da RTP2, que só não sabe as marcas feitas pelos atletas de todo o Mundo, antes de 1918 (e mesmo assim….).

 

Fernando Proença

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1 COMENTÁRIO

  1. Bem… eu, e o amigo Proença quase que somos vizinhos ilhados. Eu, como bem se sabe é mais Culatra. Apenas fui lá uma vez, há cerca de cinquenta anos e fiquei enamorado para sempre. Agora não volto lá, para não estragar o boneco do meu imaginário adolescente daquela ilha que mais parecia a de “Os Cinco” de Enid Blyton. Portanto, como sou muito conservador, fico-me pela Culatra aonde espero nunca mais lá pôr os pés (ou as patas, como por ali soe dizer-se em Olhão, relativamente às moçoilas culatrenses). Assim, cada um no seu galho: o meu querido articulista Proença (talvez distinguindo-me entre um dos seus “três leitores” (uma multidão!.. E há que estimá-los perante a oferta existente na Net): mas tentava dizer que para mim: – Culatra, e pouco farol, porque este escrito daqui a pouco transforma-se num lençol, e eu ainda quero botar faladura acerca do tio Rudolf.
    Há que procurar destrinçar as entrelinhas da História, e nem sempre o que pintam é!… Sem apoio credível em fonte segura, paira no ar a ligação de Rudolf Hess à maçonaria e que, de facto tinha contactos muito adiantados acerca do futuro pós Alemanha nazi. O seu voo não foi infatilidade alguma, que seria contrariado pelos interesses supremos dos Aliados, e em muito o Rudolf se abriu, e com tal artifício, como bem se sabe que viveu o resto dos seus dias num castelo onde recebia a pouca família, e nenhuns amigos, que como bem se pode calcular, uns desapareceram enforcados, e outros (alemães nazis) que o consideraram um traidor até ao fim dos seus dias, sempre o repudiaram.
    E mais não digo, porque gosto de estar de bem com todas as pessoas. (Apenas acrescento, que desses tempos nazis, por uma questão académica sei muito, mas porque de tal, isso agora não vem ao caso – por aqui ficamos.)
    “Carpe diem”

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