Atropelamento em Nantes deixa onze feridos. Condutor esfaqueou-se e está em estado grave

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França em alerta. Acontecimentos dos últimos três dias fazem temer o terrorismo

Onze feridos, dois em estado grave, é o balanço de um atropelamento ocorrido esta segunda-feira no oeste de França, na cidade de Nantes, um dia depois de outro caso em Dijon, no leste do país.

De acordo com o “Presse Ocean”, uma carrinha branca acelerou contra a multidão na Praça Royale onde está instalada a tradicional feira de Natal de Nantes. Eram 18h55 (uma hora mais tarde em Portugal), quando a viatura entrou numa rua de acesso pedonal e se dirigiu para o mercado cheio. Ali estariam entre 200 a 300 pessoas, segundo testemunhas no local. Entrou pela rua “La Fosse”, desceu dez metros, atingindo “várias pessoas”. A investida só terminou com o embate num poste.

Uma fonte policial referiu à AFP que o homem “esfaqueou-se com nove golpes”, no tórax, encontra-se em estado grave, e não fez nenhuma reivindicação religiosa. Nascido em 1977, seguia ao volante de uma viatura Peugeot Expert, registada em Charente-Maritime.

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As autoridades já abriram uma investigação. Não são conhecidas as motivações para o ato tresloucado, mas a avaliação preliminar da polícia indica tratar-se de um “caso isolado”. Numa breve declaração, a procuradora de Nantes Brigitte Lamy indicou que “não podemos falar em terrorismo”. Não há nenhuma criança entre as vítimas.

O condutor está referenciado por “delitos menores”, de acordo com o porta-voz do Ministério do Interior, Pierre Henry Brandet e não há dúvidas de que colidiu “de forma deliberada”.

Em três dias, três incidentes, colocam em alerta França. O primeiro, no sábado, quando um homem atacou com uma faca três polícias numa esquadra em Joué-Lès-Tours e acabou por ser abatido. O seu nome Bertrand Nzohabonayo. Francês e convertido ao Islão, nascido no Burundi em 1974, que no momento do ataque gritou em árabe Allahu Akbar [Deus é grande]. No domingo, em Dijon, um atropelamento prepetrado por outro homem, de 40 anos, que também clamou Allahu Akbar, causou ferimentos em treze pessoas. As autoridades francesas descartaram motivações terroristas, apresentando um historial de problemas psiquiátricos. No terceiro caso, em Nantes, foi encontrado um caderno na carrinha, mas até ao momento não há detalhes do conteúdo.

A sucessão de atos desencadeou a convocação de urgência de uma reunião ministerial, já na manhã desta terça-feira, a fim de mobilizar os serviços do Estado e acionar medidas.

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