O ministro da Saúde admite que algo não está bem no Centro Hospitalar do Algarve (CHA), que resultou da fusão das unidades hospitalares de Faro, Portimão e Lagos, em 2013. Desde então, os profissionais de saúde, a população e os autarcas têm denunciado o agravamento dos problemas, que vão desde a falta de médicos, enfermeiros e materiais, até à rutura de serviços que comprometem a prestação de cuidados de saúde aos utentes. A solução que o governo está a ponderar passa pela separação do Centro Hospitalar do Algarve
Os números da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve não deixam dúvidas sobre os problemas que afetam os hospitais da região. Em 2015, faltavam nos hospitais de Faro, Portimão e Lagos 304 profissionais de saúde, dos quais 121 médicos, 22 enfermeiros, sete técnicos superiores, 15 técnicos de diagnóstico e terapêutica, 73 assistentes técnicos e 66 assistentes operacionais.
Estes problemas têm vindo a acumular-se desde a criação do Centro Hospitalar do Algarve (CHA), em julho de 2013. Logo no primeiro ano, as consultas externas caíram de 310.829 para 299.987 e as intervenções cirúrgicas caíram de 18.791 para 14.037. Além disso, em 2015 foram canceladas 2.596 cirurgias no CHA, mais 284 do que em 2014. Os tempos de espera nas urgências também aumentaram e assistiu-se ainda ao encerramento de alguns serviços…
(NOTÍCIA PUBLICADA NA ÍNTEGRA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – DIA 8 DE DEZEMBRO)
Nuno Couto | Jornal do Algarve
