A região algarvia está hoje entre os melhores pontos de mergulho da Europa e tudo graças ao parque subaquático Ocean Revival. Quase dois anos depois do afundamento do último dos quatro navios de guerra da marinha portuguesa, ao largo de Portimão, está criado um recife artificial pioneiro em Portugal e único no mundo, que está a atrair peixes, turistas e a estimular o turismo de mergulho no Algarve
O maior parque subaquático da Europa ficou completo, em setembro de 2013, com o afundamento do quarto e último navio cedido pela marinha portuguesa, em frente à praia de Alvor, no concelho de Portimão.
Quase dois anos depois, está já em formação um recife artificial único que atrai peixes e turistas de todo o mundo à região. O projeto situa-se a três milhas da costa de Alvor e a 30 metros de profundidade.
A história conta-se assim: este polo de turismo subaquático começou a ganhar forma em novembro de 2012, com o afundamento de dois navios de guerra (o patrulha oceânico “Zambeze” e a corveta “Oliveira do Carmo”).
Em junho de 2013, foi a vez da fragata “Comandante Hermenegildo Capelo” ir ao fundo e, finalmente, em setembro do mesmo ano, foi afundado o navio oceanográfico “Almeida Carvalho”.
Todos os navios foram desmantelados, adaptados e preparados para o turismo de mergulho, tendo sido cedidos de forma gratuita pela marinha para serem afundados e criarem um recife artificial único.
O parque já está a funcionar e, desde novembro de 2012, que é possível mergulhar junto às embarcações afundadas, tanto em redor como no seu interior.
“Este projeto nasceu com o objetivo de promover o turismo subaquático na região, criando para os mergulhadores um grande recife artificial, único no mundo, com as condições ideais para a proliferação da vida marinha”, referem os promotores do Ocean Revival.
Estimular o turismo de mergulho
“Estes navios constituem roteiros subaquáticos acessíveis a qualquer mergulhador”, salientam os responsáveis do projeto, que pretendem tornar Portimão e a região algarvia numa “paragem obrigatória” para o cada vez mais importante nicho do turismo de mergulho, “estimando-se que nos primeiros dez anos sejam atraídos 620 mil mergulhadores e suas famílias”.
Segundo os responsáveis, este parque subaquático vai dinamizar a economia local, “beneficiando das excelentes estruturas de apoio existentes, nomeadamente a hotelaria, o golfe, o autódromo, o porto de cruzeiros ou a marina de Portimão, bem como de um mar tranquilo e ameno”.
Além do melhoramento de algumas infraestruturas locais, a Ocean Revival ocupa também um lugar especial no museu de Portimão, onde é contada a história dos quatro navios afundados. Em 2012, foi inaugurado no museu o núcleo do parque subaquático, um espaço em forma de “submarino” que proporciona um “mergulho” por este recife artificial de Portimão.
Exposição ilustra evolução do recife artificial
E é exatamente neste museu que vai ser inaugurada, no próximo sábado (dia 4 de julho), às 18h00, a exposição “Um Mergulho no Parque Subaquático de Portimão – Ocean Revival”.
A mostra revela um conjunto de 24 painéis com fotografias da autoria de Augusto Salgado, Fátima Martins, Jorge Godinho e João Encarnação. “As imagens desta exposição são um verdadeiro convite para mergulhar e ficar a conhecer um pouco melhor este projeto”, realçam os responsáveis deste parque subaquático, que é pioneiro em Portugal, frisando que “a mostra pretende ilustrar a evolução do recife artificial inaugurado há dois anos, após o afundamento de quatro navios de guerra da marinha portuguesa ligados por uma história comum”.
A exposição estará patente até ao dia 30 de agosto e foi organizada pela associação Musubmar, conjuntamente com o museu de Portimão.
Parque subaquático promovido em toda a Europa
Esta exposição inédita é mais uma forma de mostrar e promover o parque subaquático de Portimão, que já foi visitado por milhares de mergulhadores, especialmente do norte da Europa.
Nos últimos dois anos, o projeto Ocean Revival tem marcado presença nas feiras europeias mais importantes para o produto náutico e de mergulho, como são os casos da “London Boat Show 2015” (realizada em janeiro na capital da Inglaterra) e da “Boot 2015”, que se realizou também em janeiro deste ano, em Dusseldorf, na Alemanha.
O Algarve parece, assim, estar cada vez mais na rota do mergulho mundial, numa altura em que o número de mergulhadores está a subir em flecha. Só no mercado europeu estima-se que existam atualmente 3,2 milhões de mergulhadores dispostos a viajar pelo menos uma vez por ano.
Nuno Couto/JA
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É muito bom…eu já tive o privilégio de mergulhar em vários destinos ótimos para a prática do mergulho. Posso testemunhar que isto não é turismo de “pé descalço”, são pessoas que amam a natureza e entregam-se a ela aquando da prática do mergulho. São pessoas respeitadoras que sabem conviver entre elas e se o objetivo delas fôr satisfeito, vão atrair mais turistas… Os meus parabéns às pessoas que tiveram esta iniciativa e os votos de boa sorte…