“Há um radicalismo que não se importa de dar cabo de tudo, por razões ideológicas”. Foi assim que o vice-primeiro ministro Paulo Portas explicou esta quinta-feira à noite a situação difícil por que passa a Grécia. Paulo Portas falava na ilha de nas Velas, São Jorge, Açores, durante uma homenagem ao congressista norte-americano, Devin Nunes.
“Fere a nossa sensibilidade ver aquelas imagens da classe média à frente de multibancos vazios e sem saber o que acontecerá às suas poupanças e às suas vidas. Lembra-nos o confisco que não há muitos anos aconteceu na Argentina e no Brasil”, recordou Portas, dirigindo-se ao político de ascendência açoriana que chegou mais alto na hierarquia do Estado americano.
E logo o parceiro da coligação PSD-CDS tratou de sossegar o homenageado, de férias nos Açores: “Estás em Portugal, Devin. Portugal é completamente diferente: fizemos um grande esforço e já terminamos o programa com a troika; não pedimos mais dinheiro nem mais tempo; evitamos um programa cautelar na saída; vamos ter um défice inferior a três por cento e ficamos livres de sanções; antecipamos o pagamento total do empréstimo do FMI, porque conseguimos juros mais em conta nos mercados; a economia está a crescer mais do que a média da zona euro e há confiança.”
“Portugal é uma grande nação”, rematou o vice-primeiro-ministro.
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