À espera do substituto de Varoufakis

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Depois do anúncio da demissão de Yanis Varoufakis, não está ainda claro quem o poderá substituir. Para já, várias fontes consideram que poderá vir a ser alguém que já participou em outras conversações, como o principal negociador em Bruxelas, Euclid Tsakalotos.

Este professor de Economia é ministro adjunto para as relações económicas internacionais no ministério dos Negócios Estrangeiros do Governo Tsipras e a 27 de abril, foi nomeado coordenador da equipa de negociadores gregos.

Hoje, começam uma série de contactos entre as autoridades gregas e a UE. O presidente da Comissão Jean-Claude Juncker, o presidente do Eurogrupo Dijsselbloem e Tsipras devem voltar a reunir-se nos próximos dias para superar o desacordo, mas nada ainda foi confirmado.

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Entretanto, esta noite, a chanceler alemã Angela Merkel e o Presidente francês François Hollande encontrar-se-ão em Paris para discutir a situação na Grécia. Para amanhã está já convocada uma cimeira dos chefes de Estado e de Governo da zona euro. Antes, deverá reunir-se o eurogrupo. Mas a decisão crucial será a que será tomada pelo Banco Central Europeu, de quem depende fornecer liquidez aos bancos gregos.

Posição insustentável

O ministro das Finanças grego escreveu que correspondeu ao pedido de Alexis Tsipras de pedir a demissão, considerando ser seu “dever” ajudar o primeiro-minsitro grego no seu a aproveitar “o capital que o povo grego nos concedeu através do referendo de ontem”.

Yanis Varoufakis, de 54 anos, tornou-se ministro das Finanças após a vitória do Syriza nas eleições de janeiro. Professor e recém-chegado à política, e representando um Governo que contrariava os “dogmas” económicos da Europa, irritou muitos dos seus colegas no Eurogrupo.

A situação chegou ao ponto de ainda recentemente a diretora do FMI pedir “adultos na sala” para conversar e outros membros do Eurogrupo lhe chamarem “amador”, “jogador” e um “desperdício de tempo” durante a cimeira de Riga. Varoufakis negou.

Todavia, segundo o site “EuObserver”, fontes do Partido popular Europeu, os muinistros das finanças deste partido tomaram uma decisão coletiva de o atacar pessoalmente nos media para afetar a sua credibilidade.

Seja como for, o ministro das Finanças grego acabou por ser afastado da posição de principal negociador com os credores, mas manteve-se entre os principais conselheiros de Tsipras.

A relação de Varoufakis era particularmente dificil com o ministro das Finanças alemão Wolfgang Schauble, que aparentemente se mostrou favorável a um afastamento da Grécia do euro. Essa relação poderia complicar ainda mais uma eventual solução para a Grécia.

RE

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