O presidente da direção do Núcleo Empresarial da Região do Algarve (NERA) disse publicamente esta semana que “o que se está a passar neste momento na região – Via do Infante às moscas – com a subutilização brutal desta infraestrutura, é confrangedor”.
Vítor Neto alerta que a situação ainda vai piorar mais no verão, falando mesmo da possibilidade de se instalar o “caos” na região algarvia. “O NERA já o propôs mas volta a repetir que seria adequado que as entidades responsáveis pensassem em suspender as portagens no Algarve nos meses de verão, para permitir a circulação e o bem estar das centenas de milhares de turistas nacionais e estrangeiros que nos visitam e facilitar a circulação de mercadorias”, salienta o líder da associação empresarial, lembrando que o Algarve contribui com “entre quatro a cinco milhões de euros por ano para a balança externa portuguesa, provenientes dos gastos dos turistas estrangeiros”. “Isto corresponde a várias «Autoeuropas»! É que, turismo também é exportação!”, acentuou.
Frisando que o NERA sempre discordou da introdução de portagens na Via do Infante “por razões da especificidade da economia e da mobilidade gerada pelo turismo no verão”, Vítor Neto refere-se ainda à portaria que introduz descontos diários entre 10 e 25 por cento nas portagens nas ex-scuts, destinada às empresas de transporte rodoviário de mercadorias (nacionais e estrangeiras) por conta de outrem.
“Trata-se de uma medida que consideramos evidentemente positiva, pois vem beneficiar muitas dezenas de empresas transportadoras também do Algarve”, disse o responsável.
Porém, o líder do NERA considera que outras empresas que transportam as suas próprias mercadorias – e que têm descontos limitados apenas a um pequeno número de passagens por mês – podem ficar numa posição desfavorecida.
Assim, Vítor Neto defende que o Governo deveria “aproximar as vantagens entre as duas situações, para serem equivalentes”. “O preço do gasóleo e as despesas de manutenção não são diferentes e tratam-se de empresas portuguesas”, explica.
Quatro a cinco milhões de euros por ano para a balança externa portuguesa? Só isto? Então é melhor fechar o Algarve.
Eu próprio faço diariamente o trajecto Portimão Faro e recuso-me a utilizar a A22, nem quero as borlas que o estado me “oferece”. Não compro o dispositivo por teimosia. Se todos fizessem o mesmo provavelmente as portagens teriam que acabar. Os automobilistas já são os que mais impostos pagam. Tenham vergonha!!!!!!!!
Algarve, Algarve, Algarve quem te viu e quem te vê…